quinta-feira, 5 de maio de 2011

Semana da Arquitetura - Manhã | 4º dia

O Processo Projetual - Paulo César Lourenço (PC)


Paulo César Lourenço


A palestra teve como objetivo o desenvolvimento do projeto completo desde a concepção a execução. É preciso compreender as diferenças entre os objetivos de cada etapa projetual e as características necessárias para o desempenho da função.

Afirmou que o forte da nossa atuação na faculdade é o Estudo Preliminar e desmistificou algumas questões como por exemplo a de que o projeto termina na maquete; muito pelo contrário, aí está apenas começando o Projeto Preliminar.

Tratou do projeto arquitetônico como produto - o nosso trabalho define o produto.


A seguir, mostro a vocês um pouco do que aprendi e entendi com a palestra muito proveitosa e super detalhada de quais são as ETAPAS DO PROJETO. São elas:


1) Estudo de viabilidade técnica:

Momento onde ainda não tem-se o terreno, não sabemos ao certo o que fazer. É uma etapa na qual ainda não iniciamos o projeto mas o mesmo é fundamental para sabermos o que é viável ou não. Há a necessidade do levantamento de dados, de desenvolver o projeto de Arquitetura em números e textos.

É preciso analisar a viabilidade técnica entendendo a legislação e antes de ser feito aquilo que achávamos que era estar fazendo arquitetura, temos que ter o cuidado de fazer esse estudo.

Objetivo: informações quantitativas; se o projeto vai ou não evoluir nesse processo; o cliente precisa de números para saber se aquilo será viável ou não.


2) Programa de Necessidades:

É o contato inicial com o empreendedor, deve ser entendido como uma etapa de projeto.

Definição do escopo de coordenação e formulação do Programa de Necessidades.

É uma etapa em que "estamos conquistando o cliente".

Informa dados qualitativos relacionados aos quantitativos colhidos anteriormente e nos dá condições de passar ao nosso cliente oportunidade de corrigir alguma coisa ainda.


3) Estudo Preliminar:

Não começa mais do zero pois já temos condições suficientes para o desenvolvimento do projeto, é a materialização daquela ideia que passou por outras duas etapas e só é preliminar em termos de projeto arquitetônico.

*Tradução do Programa de Necessidades e "sonhos" do cliente para que a mesma torne-se realidade dentro das qualidades da Arquitetura.


4) Anteprojeto:

Projetos Complementares:

- Terraplenagem;

- Pojeto de Fundações;

- Projeto Estrutural;

- Projeto de Instalações (elétrica, hidro sanitários, telefonia, ar condicionado, CFTV, gás..);

- Projeto de Acústica;

- Luminotécnica;

- Esquadria;

- Arquitetura de Interiores e

- Paisagismo.


5) Projeto Legal:

De extrema importância, é o projeto que vai para a Prefeitura, deve-se obedecer as leis e cabe a nós arquitetos, dominar este processo pois a Legislação é fundamental!


6) Projeto Pre-Executivo:

Essa etapa é a evolução daquilo tudo que foi elaborado e desenvolvido até agora dentro do Anteprojeto.

Aqui há uma concordância de todos os profissionais de que aquilo vai caminhar mesmo daquela maneira e se preciso agora serão feitas mínimas modificações (se houver a necessidade de ser feita alguma tem que ser já).


7) Projeto de Detalhamento:

Estamos em uma etapa na qual tudo já foi resolvido e está na hora de produzir os desenhos dos projetos que vão para a execução na obra.

Em suma, detalhamento é pegar o Projeto Executivo com os cômodos para ser feito o detalhamento do que é necessário em uma escala maior.

8) Acompanhamento de Obra:

O Arquiteto não tem responsabilidade de acompanhar a obra, mas as vezes em projetos menores como o de interiores, ele assumem a responsabilidade. Remunerado ou não, é fundamental porque podemos corrigir coisas que só veríamos adiante.


9) Avaliação Pós Ocupação:

Pouco discutido. Você deve dar ao usuário do objeto arquitetônico informações mínimas e úteis que antecipam e evitam muitos problemas que podem ocorrer posteriormente. É a última etapa.

Ex: é dizer onde estão localizadas as tubulações do objeto em questão e etc..



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Planejamento Urbano - Rita Velloso (PUC-MG)


Rita Velloso


Tivemos o prazer e o privilégio também nesta manhã de contar com a presença da Rita (PUC) com uma palestra interessantíssma sobre Planejamento Urbano; foi super segura do que disse e falou muito bem sobre o assunto.


O slide de abertura continha a paergunta "O que é o futuro das nossas cidades?"

Rita disse que os arquitetos tem na mão um objeto muito complexo que precisa ser colocado em análise pelos estudantes. Para pensar Arquitetura é obrigatório ter o conhecimento de uma situação com uma conjuntura de um aluno que está no 1º períodoe por isso foi preciso questionar o aluno o por quê? onde? como?


Cresce a cada dia o papel da pedagogia urbana. Leis não são assuntos técnicos, são assuntos do dia-a-dia; regulam determinado campo e tratam do futuro.

Questionou questões:

Como você trata o futuro urbano?

Quem ocupa?

Quem permite ocupar?

O fato de não ter espaço para todo mundo, de ser bom morar na cidade grande por causa das ofertas mas também de muitas vezes esquecermos das pessoas que estão ali, da questão social.

O futuro não se trata de um conhecimento técnico.

Como entendemos a situação dos problemas urbanos na cidade? Precisamos antes de tudo entender e analisar o espaço. Estabelecemos as prioridades daquele determinado local.


Quais são as perspectivas atuais de enfrentamento dos problemas urbanos?

Você tem que se preocupar com o que está acontecendo, não podemos fingir que não existia nada ali antes da intervenção do arquiteto; famílias que ali moravam, plantavam tomate..

Este objeto além de complexo, está inserido em um sistema econômico, é preciso entender o mercado antes de mais nada e ter a consciência de que nosso objeto está inserido em um grande sistema.


*Constituição de 1988:

- Os Municípios são membros participantes da federação;

- Artigos 182 e 183;

- Art. 182: 1- O Plano Diretor é instrumento básico da política de desenvolvimento e de expressão urbana;

- Art. 183: 2- função social da propriedade urbana.


*INSTRUMENTOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO:

- Orçamento;

- Plano Diretor e

- Lei de parcelamento, uso e ocupação do solo.


  • Por onde começa um plano? Exatamente por um diagnóstico.
  • Como você chega a uma forma de planejamento? Todo planejamento é de longo alcance.

A gestão é um plano "B", precisamos administrar o imprevisto.


  • Cidade legal X Cidade Real (cotidiano):

A cidade real tem habitantes irregulares que são desconsiderados na cidade legal devido as leis.


  • A cidade para seu habitante:
- Regularização do uso da terra;

- Parcerias entre setor público e iniciativa privada para gestão de problemas;

- Áreas degradadas em processos de recuperação ambiental;

- Atenção a vocações da cidades.


  • Tipos de Plano Diretor: Municipal, o plano da cidade pequena, o plano da cidade média, o plano da cidade grande -cada um com sua particularidade e proporcional a sua escala.


*Sites interessantes para maiores informções:





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Ai, cansei.. o dia hoje foi muito proveitoso! Assuntos interessantíssimos como podem ver!
Espero que tenham gostado!
Quem foi, curtiu e quem não foi, perdeu! ahahah

Beijos e até a próxima!

A propósito, obrigada a quem teve ânimo de ler esse post super empolgado que eu fiz ahah!

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